E Jaz de Mello
Como que se arrancassem uma das mãos
e dessem um dedo em compensação
arrancaram da Lagoinha sua memória
a sua Praça Vaz de Mello
só compensando-a depois
com a nova Guilherme Vaz de Mello:
para lhe dizer que não lhe sorriam
deram-lhe um sorriso amarelo.
Onde passavem os bondes
bêbados vagabundos operários
agora passam muitos num raio
num raio de progresso e muito ferro:
no metrô ferroviário.
Lagoinha é ressentida
e nem há como não ser!
Arrancaram-lhe a Praça-mistura
de boas famílias, criminosos e prostitutas
arrancaram grande memória do seu viver.
(foto-REPRODUÇÃO)
1 Comments:
"Adeus Lagoinha adeus,
estão levando o que resta de mim.
Dizem que é força do progresso.
Um minuto eu peço,
Para ver seu fim."
Adeus lagoinha...
Quando derrubaram as construções, como o Cine Lafaiete, que haviam ali na praça, para construirem o metrô, foi o adeus definitivo para o "Poeta Boêmio".
Seu poema é muito bonito de verdade.
O importante é que ainda existem jovens como você, que apesar de não ter convivido com os bons tempos da boemia lacustre (gostou?),ainda se preocupa em preservar a memória pelo nosso querido bairro, de tantas lembranças maravilhosas.
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