2006/10/26

Olhos de luzes



Uma cidade que nasce diante dos olhos
(tantas amarelas
e pratas luzes!)
quanto movimento de carros
a quilômetros pelo anel
Anel estímico
desta senhorita B...

Cidade luzes!
ruas e marquises
escadas, os bairros, as estradas.

E pensar em cinturão verde...
que um dia substituiu essas
pratas luzes,
que um dia fez desta uma
Cidade-jardim...

Aí veio o progresso:
viaduto demolição asfalto
(a história se viu diante de um assalto)
e as armas do progresso
foram mais fortes.
O homem em sociedade e ordem
olhou lá no espaço o horizonte
e fez este por aqui
(com tantas amarelas
e pratas luzes!)
Como que se pedaços de Lua
estivessem espalhados pelas ruas
a iluminar pratear e acostumar
os olhos carentes cansados e esfomeados
de todos aqueles que olham pra esse chão
e inevitavelmente acabam apaixonados.

Como mariposas sedentas
que encontram na luz
tanto vida quanto mortais pecados.

(FOTO: REPRODUÇÃO)

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Sempre nos surpreendendo com belas poesias, hein Cris? Parabéns!!!

10:15 PM  

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