2009/07/31

Primavera


Mais uma primavera.
Olho para a vida, da minha janela aberta e sinto-me feliz com o presente que vivo.
Os dias estão descontrolados em sua temperatura. Essa era da comunicação, de ruas cheias de gente e carros e de tempo que tão rapidamente escorre pela ampola, me trazem a data do século XXI mas não me impedem de viver cada momento possível de eternidade: pensar e viver o amor, o seu coração-metade; perder-me no mar dos olhos do meu filho, cheios de vida e tão necessitados dos meus olhos; olhar meu cachorro e pentear seu pêlo.
Olha para primaveras passadas.
Lembro-me de nuances que minhas pétalas já tiveram. Flores vivas não se congelam. Deus, em sabedoria, é grandissíssimo criador dessa natureza. Nenhuma nuance parou-se no tempo. E nem parará. Olho para elas. Feliz encontro-me: no meu íntimo sei do brilho que não tiveram. Foram nuances que me fizeram, cor, até aqui. Cor que sou agora e que em futuras primaveras há de atingir seu ápice e posteriormente ir se desbotando em tranformação...
É a vida.
Passa a primavera, como todas as estações...
E que bom que passa!
Que bom que pode-se podar o que não mais apresenta vida.
Que bom poder cultivar o que se quer!
Selecionar, aguar, acreditar. E enfim ver flores na primavera...

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